A crise causada pela pandemia levou à saída de milhares de mulheres do mercado de trabalho, fazendo a participação feminina cair para o menor nível desde 2016.

Dos 825,3 mil postos de trabalho perdidos no primeiro ano da pandemia, 593,6 mil vagas eram ocupadas por mulheres, ou seja, 71,9% perderam o emprego nesse período, segundo a pesquisa Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2020, do IBGE.

A pesquisa mostra que a participação das mulheres caiu para 44,3%, sendo a menor taxa desde 2016. Thiego Ferreira, gerente da pesquisa do IBGE explica que a perda de participação feminina no mercado de trabalho se deve a um conjunto de fatores.

De acordo com Ferreira, nesse período houve um crescimento de postos de trabalho em setores que empregam mais homens, como a construção civil em quase 91%. Em contrapartida houve uma redução de postos de trabalho em setores que mais empregam mulheres, como é o caso do setor de alimentação, alojamento, educação, que possuem 55,7%de mão de obra feminina e foram fortemente impactadas pela pandemia, com uma queda de 19,4%.

Com o avanço da vacinação e retomada da economia, a expectativa é uma melhora no mercado de trabalho.