A Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta segunda-feira, 10, novo recorde apontando, que em setembro, 79,3% do total de famílias brasileiras estão endividadas. A alta de devedores foi de 0,3 ponto percentual em setembro em comparação ao mês anterior, enquanto, em um ano, o avanço foi de 5,3 pontos. Este é o terceiro aumento consecutivo em 2022.

Em setembro, a proporção de endividados entre os consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos aumentou 0,4% e atingiu 80,3%, o maior patamar da série histórica da pesquisa.

No grupo de famílias com maior renda, a proporção de endividados manteve-se estável em setembro, mas cresceu mais na comparação anual (ampliação de 7%) do que entre as famílias de menor renda.

Também no último mês, o volume de consumidores que atrasaram o pagamento de dívidas atingiu 30%, o maior desde o início da pesquisa, em 2010.

Ao contrário do endividamento, que cresceu em ritmo menor, em um ano, o indicador de dívidas atrasadas expandiu 4,5%, a maior taxa anual desde março de 2016.

Nas dívidas diretas com o varejo, o volume de endividados nos carnês de loja cresce desde maio deste ano. No pesquisa, por faixa de renda, a proporção de endividados nos carnês entre os com até 10 salários mínimos de rendimentos atingiu o maior volume desde fevereiro (20,1%, um aumento de 0,3 pontos percentuais referente a agosto).