O projeto de Reforma da Previdência começa hoje a tramitar hoje na casa legislativa em Brasília, quando o presidente da República Jair Bolsonaro entrega aos deputados a proposta principal da mudança. Com alguns pontos já divulgados com idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres as discussões agora saem do palácio do governo para os corredores e gabinetes dos parlamentares. Outro ponto aberto do projeto é a ampliação do tempo de contribuição que passaria dos atuais 35 anos para 40. Quem recebe o projeto das mãos de Bolsonaro é o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O primeiro passo é encaminhar o projeto para a Comissão de Constituição e Justiça da Casa Legislativa. O projeto tem um calendário de 12 anos para transição da idade mínima. Após seguirá para o plenário da Câmara, mas para ser aprovado necessita em dois turnos de 308 dos 513 deputados. Havendo aprovação seguirá para o senado. O projeto apresentado trata ainda das mudanças previstas nas aposentadorias especiais dos professores, policiais, bombeiros, trabalhadores rurais e trabalhadores de ambientes insalubres. No Senado a votação também deverá ser em dois turnos. O governo acredita que até o final do mês de agosto a reforma já tenha sido votada, obedecendo os tramites legais das duas casas legislativas.  Lideranças e parlamentares contrários a reforma da previdência organizam manifestações, justificando que o trabalhador será o mais prejudicado com a proposta do governo. Entendem que 65 e 62 anos são idades que já excluíram homens e mulheres do mercado de trabalho formal. A contribuição mínima para a aposentadoria passa dos 15 para 20 anos. Atualmente é possível se aposentar pelo critério 86/96, idade mais soma do tempo de contribuição, mulheres totalizando 86 anos e homens 96 anos.  Com o fatiamento da reforma os militares não foram incluídos nesta etapa. Bolsonaro garante que em 30 dias deverá ter pronto texto que vai tratar da aposentadoria dos militares. “Os nossos jovens não terão mais aposentadoria, pois quem consegue chegar aos 65 anos com saúde para trabalhar neste país,” avalia o presidente do Sindicato dos Comerciários, Ivomar de Andrade (Tomate).

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